Como lidar com a ansiedade dos filhos na volta às aulas

Compartilhe esta notícia:

Especialista esclarece os limites entre o nervosismo natural e a ansiedade.

Com o início de fevereiro, as escolas retomam suas atividades, marcando o retorno à rotina após as férias. Para muitas crianças e adolescentes, esse momento é desafiador, envolvendo a transição de sala, novos colegas, professores e, em alguns casos, até mudança de escola. O nervosismo é natural, mas a coordenadora do Curso de Psicologia do Centro Universitário São Camilo, Glaucia Guerra Benute, destaca a importância de compreender até que ponto esse nervosismo pode evoluir para um problema de saúde mental.

Segundo Benute, quando se trata de uma escola nova, os sentimentos intensificados podem ser ainda mais pronunciados, pois tudo é desconhecido: o ambiente, os processos, os colegas e os professores. A ansiedade e a preocupação são esperadas, mas em alguns casos, esses sentimentos ultrapassam os limites toleráveis.

“Mesmo que o ambiente seja familiar, as incertezas sobre quem serão os colegas, como será o professor e qual será o desempenho no novo processo podem gerar angústias intensas. Identificar os sintomas e reconhecer os sentimentos é crucial para o cuidado pessoal”, explica a coordenadora.

O alerta surge quando a angústia começa a afetar as atitudes da criança ou do jovem, impedindo sua ida à escola naturalmente, manifestando choro e alterações comportamentais. A ansiedade, conforme destaca a professora Glaucia Benute, apresenta sintomas como inquietação constante, tremores, dificuldade de concentração, taquicardia e sudorese, entre outros.

“Acolhimento, diálogo, escuta e compreensão são fundamentais nesse momento. Os pais desempenham um papel crucial, e é essencial prestar atenção quando a criança expressa medo de retornar à sala de aula. Minimizar esses sinais pode agravar a situação. Portanto, a escuta e o acolhimento são formas de auxiliar nesse processo. Em casos de persistência dos sintomas, o acompanhamento psicológico pode ser indicado”, destaca a especialista.

Compartilhe esta notícia: